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Quais são os primeiros passos para trabalhar com importação?

CategoriaImportação

AutorAna Cavadas Comex

Quais são os primeiros passos para trabalhar com importação?

Ao iniciar uma atividade de importação, nenhuma decisão pode ser tomada sem analisar uma diversidade de informações com profundidade. É preciso esclarecer quais são os objetivos da importação e como tornar essa experiência eficiente para o negócio. Um dos pontos mais importantes é entender como que será possível gerar retorno financeiro com essa ação.

Para uma indústria, por exemplo, utilizar componentes importados para fabricar seus produtos pode compensar muito do ponto de vista financeiro. Porém, é preciso avaliar bem pontos como:

  • fornecedores;
  • prazos;
  • qualidade;
  • preço.

Para o varejo, a prática requer a mesma atenção. É preciso definir o perfil do consumidor para adquirir os estoques e administrar a relação do prazo com a entrega.

Neste artigo, vamos apresentar alguns pontos que a sua empresa precisa ficar atento na hora de importar. Vamos lá?

A sua empresa tem condição de trabalhar com importação?

Depois da primeira avaliação e definição de objetivos, é importante verificar se a empresa tem condições de importar.

As que importam ou exportam por conta própria geralmente contam com um colaborador ou uma equipe dedicada especialmente ao comércio exterior. Manter esta estrutura envolve custos e exige um grande conhecimento sobre o mercado, produtos e fornecedores. Assim, é preciso ter relações comerciais muito sólidas para operar neste setor.

Se este não for o caso da sua empresa, contratar uma trading company ou consultoria pode ser uma alternativa adequada.

Lidando com os custos da importação

Uma das prioridades no planejamento quando o assunto é importação são os custos. A empresa deve levar em conta o custo com o transporte das mercadorias e seguros no preço final.

Outro ponto que deve ser considerado é a atribuição de responsabilidades em um processo de importação. É essencial deixar claro na negociação onde termina a responsabilidade do exportador e quando tem início a jurisdição do comprador. Para isso, é possível utilizar os Incoterms, uma regulamentação para a entrega final da mercadoria. Há uma série de Incoterms ativos hoje em dia. Por isso, é fundamental analisar qual é o mais adequado para as necessidades da empresa. Além disso, eles também ajudam a minimizar os riscos envolvidos em uma operação no comércio internacional.

Conhecendo o funcionamento da Receita Federal nas atividades de importação

Além de conhecer o mercado e estabelecer bons parceiros, o importador deverá cumprir todas as obrigações legais e fiscais. Mais especificamente, ele deverá seguir todas as normas propostas pelo Ministério da Indústria e Comércio Exterior e a Receita Federal. A primeira medida é conseguir a habilitação Radar. Essa é a sigla de Ambiente de Registro e Rastreamento da Atuação dos Intervenientes Aduaneiros. A modalidade da habilitação (expressa, limitada ou ilimitada) dependerá do volume financeiro que a empresa irá movimentar. Por isso, tenha os objetivos relativos à importação bem definidos antes de prestar as informações aos órgãos de controle.

Com a habilitação do Radar, é possível ter acesso ao Sistema Integrado de Comércio Exterior, o Siscomex. Esse sistema contempla todas as informações sobre a movimentação da empresa em operações de importação e exportação. Providenciar os registros e levantar documentos é uma das etapas mais importantes para tornar a empresa apta para o comércio internacional. Porém, atender todas as exigências dos órgãos de controle oferece ao governo uma grande quantidade de informações da empresa. Caso a situação do negócio não esteja plenamente regularizada, pode causar problemas. Por isso, faça um check list e verifique se toda a documentação da empresa está em dia. Isso ajuda a evitar correções ou até mesmo o indeferimento dos registros obrigatórios para realizar as importações.

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