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Exportação: entenda a diferença entre as categorias direta e indireta

CategoriaExportação

AutorAna Cavadas Comex

Exportação: entenda a diferença entre as categorias direta e indireta

O volume de exportação no Brasil cresce anualmente: em 2017, foram exportados mais de US$ 217 bilhões. Em 2016, mais de US$ 185 bilhões, apresentando um crescimento de 18,5% de um ano para o outro.

Empresas de diferentes portes exportam quase que diariamente, realizando negócios com os grandes players mundiais, como a China e os Estados Unidos.

Segundo dados do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC), a balança comercial brasileira fechou 2017 com exportações de US$ 217.739.177.077 e importações de US$ 150.749.452.949. Isso rendeu um superávit de US$ 66.989.724.128, o melhor resultado da história do país.

 

Balanço das exportações

O crescimento se dá com o aumento das vendas externas: a média diária de exportações foi de US$ 874 milhões, valor 18,5% maior em relação ao mesmo período de 2016. Uma matéria publicada no G1 explica que o valor registrado nas exportações é resultado de dois fatores: a quantidade exportada e o preço do produto. Isso significa que as vendas externas subiram mais por conta do preço do que pelo volume de vendas.

Em 2017, a quantidade de produtos exportados subiu 7,6% na comparação com o 2016. O preço dos produtos brasileiros também ficou maior, crescendo 10,1%. O aumento se deu com as vendas ao exterior de produtos básicos (+28,7%), manufaturados (+9,4%) e produtos semimanufaturados (+13,3%).

 

Balanço das importações

As importações somaram US$ 150,74 bilhões em 2017. Isso equivale a US$ 605 milhões por dia útil, um aumento de 10,5% em relação ao mesmo período de 2016.

Cresceu nas importações a compra de combustíveis e lubrificantes (+42,8%), bens intermediários (+11,2%) e bens de consumo (+7,9%). Recuaram as importações de máquinas e equipamentos para produção (-11,4%).

 

Tipos de exportação: direta e indireta

A partir da análise desses dados, fica evidente a força das empresas brasileiras de começarem a construir um negócio lá fora.

Para que a ação seja bem-sucedida, é preciso conhecer o funcionamento de regulamentações, as categorias de importação ou exportação que são regidas pelos órgãos específicos e como uma empresa pode agir em diferentes situações.

No caso da exportação, existem duas opções disponíveis para as empresas: a exportação direta e indireta. O que diferencia uma categoria da outra é a escolha da empresa de ter ou não um intermediário para a ação.

Na exportação direta, a empresa é a responsável por todos os trâmites burocráticos e operacionais para encaminhar os produtos ao destino final. Já na indireta, todos esses processos são executados por um terceiro.

 

O que levar em conta para escolher a exportação direta ou indireta?

É importante destacar que qualquer empresa pode exportar. A opção pela exportação direta ou indireta deve levar em conta os custos e a estrutura instalada na empresa.

 

Exportação indireta

A exportação indireta é feita por uma empresa comercial exportadora ou por uma trading company. A diferença se baseia apenas na estrutura burocrática destas modalidades de negócios.

 

Vantagens

No momento de definir entre a exportação direta e indireta, leve em conta a estrutura de sua empresa. Delegar toda a operação a uma empresa que já possui expertise na área pode ter um bom custo-benefício. Veja as principais vantagens:

  • Elimina os riscos decorrentes da falta de experiência e evita prejuízos financeiros na prospecção de novos mercados e trâmites burocráticos;
  • Permite abrir novos mercados com o corpo de colaboradores focado na atividade principal da empresa, evitando novos investimentos de tempo e recursos;
  • Não é necessário ter registro no Siscomex;
  • Ideal para empresas que nunca exportaram, que não possuem qualquer tipo de experiência no ramo.

 

Exportação direta

A exportação direta realiza a venda de um produto ou serviço de forma direta com o cliente. Nesse sistema, não existe nenhum tipo de intermediação.

 

Vantagens

A exportação direta pode trazer vantagens comerciais e financeiras, como:

  • Redução de custos, onde todos os trâmites podem ser executados pela própria empresa, dispensando a contratação de um serviço adicional;
  • Controle total sobre os produtos, permitindo que a empresa defina todas as estratégias de vendas, distribuição, marketing, imagem do produto no mercado externo, entre outros aspectos;
  • Maior possibilidade de retorno (feedback) sobre a presença do produto/marca no exterior que pode servir de base a eventuais reposicionamentos ou readequações.

 

Exigências

Para fazer a exportação direta, a empresa deve estar cadastrada no Sistema Informatizado de Comércio Exterior, o Siscomex, sistema foi criado pela Secretaria de Comércio Exterior, órgão do Ministério da Indústria, Comércio e Turismo.

Além do Ministério, outras instituições atuam nos processos de exportação, entre eles a Receita Federal, que fiscaliza e controla as aduanas; a Fiesp, que realiza a emissão de certificados de origem para exportação; o Banco do Brasil, que faz análises de pedidos; e o Banco Central, que trata do controle cambial.

A implantação de um departamento de comércio exterior em uma organização depende de vários fatores, como:

  • escala de exportação;
  • estrutura disponível para a execução dos processos de documentação;
  • operacionalização e distribuição;
  • elaboração de estratégias de marketing e vendas;
  • solidez da empresa frente aos desafios internacionais.

Se você planeja começar a exportar diretamente, busque um consultor experiente para auxiliar na implementação dessa nova atividade.

A AC Campos pode te ajudar a entender o funcionamento do comércio internacional e do funcionamento da exportação direta e indireta. Cadastre-se abaixo para agendar um horário e conversar com um consultor, além de receber conteúdo original em primeira mão.

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